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Resenha: O Resgate do Tigre – Colleen Houck
Editora: Arqueiro
Autor: Colleen Houck
ISBN: 9788580410617
Edição: 1
Número de páginas: 288
Acabamento: Brochura
Classificação EDS: 100 de 100 pontos
Fé. Confiança. Desejo. Até onde você iria para libertar a pessoa amada?
Kelsey Hayes nunca imaginou que seus 18 anos lhe reservassem experiências tão loucas. Além de lutar contra macacos d’água imortais e se embrenhar pelas selvas indianas, ela se apaixonou por Ren, um príncipe indiano amaldiçoado que já viveu 300 anos. Agora que ameaças terríveis obrigam Kelsey a encarar uma nova busca – dessa vez com Kishan, o irmão bad boy de Ren –, a dupla improvável começa a questionar seu destino. A vida de Ren está por um fio, assim como a verdade no coração de Kelsey. Em “O resgate do Tigre”, a aguardada sequência de “A maldição do tigre”, os três personagens dão mais um passo para quebrar a antiga profecia que os une. Com o dobro de ação, aventura e romance, este livro oferece a seus leitores uma experiência arrebatadora da primeira à última página.
Minhas impressões
Deslumbrante, totalmente inebriante de sensualidade e envolvente nos momentos de aventura. O que mais posso te pedir Tia Colleen?”
Devo confessar que depois de terminar (A Maldição do Tigre) de uma maneira tão intensa que meu coração ficou na Índia (literalmente), me senti entusiasmada para começar a leitura do Segundo Volume. Porém, também senti um pouco de receio, principalmente depois de ver tantas criticas negativas sobre a continuação. Não pelo seu conteúdo em si, mas pelo descontentamento de vários leitores em relação ao casal central do livro (Ren e Kelsey). Tive aquele medo que todas nós temos de se quebrar aquela imagem perfeita que criamos ao decorrer da narrativa desses personagens que se tornam uma extensão de nós mesmos através dos livros, por isso demorei mais que o normal para fazer essa resenha.
Mas deixei tudo isso de lado, ao perceber que a maioria dessas pessoas estavam com preconceito, pois 90% delas não tinham se dado ao trabalho de ler esse maravilhoso livro, e devo confessar que fiquei muuuuuuuito feliz de ter seguido minha vontade de saber para onde tudo isso iria repercutir.
Sendo bem direta com vocês, esse segundo volume em meu ponto de vista não deixou nadinha a desejar. Diferente da maioria, desde o primeiro livro quando Kishan apareceu me tornei sua fã. Sei que o Ren é tudo de bom, um romântico perfeito, que deixa qualquer garota boba com seus poemas e olhar de Tigre sem dono, mas quando o Kishan aparece (Papai do Céu me ajude…) o mundo se torna apenas “Kishan”. Ele se tortura pelos seus erros do passado, e não deixa que ninguém o ajude a superar isso, ele é tão vitima quanto o Ren (to parecendo a Kelsey falando isso -.-), mais joga todo a culpa nas próprias costas e segue calado sem aceitar ajuda de ninguém.
Achei justo nesse Segundo Volume a Kelsey passar por todos esses momentos ao lado do Kishan, não por torcer por ele, mas sim por a autora proporcionar uma amplitude na perspectiva da Kelsey. Afinal de contas todos tem direito de ter uma oportunidade no amor. É realmente triste o que acontece com Ren, chorei nessa parte (sou meio chorona mesmo hihihi), todas temos nossos corações partidos junto com a Kelsey, fiquei tão triste que tive que parar de ler, chorar e depois continuar.
Isso nessa saga que me deixa feliz de ter tido essa oportunidade de ler esses livros, a Colleen escreve de uma forma tão envolvente que te prende não como a personagem em si, mas como se você estivesse lá do lado deles, vendo tudo acontecer (mesmo que invisível) sente-se até a tensão no ar das conversas. Fora que a descrição dos lugares estão ficando melhores que no anterior, se é que isso é possível. Eu me sinto de férias na Índia, tirando toda a parte chata de andar, se perder, não entender a língua, etc.
Nesse livro temos mais descrições sobre o vilão Lokesh, e aprendemos que ele é realmente muito mal, mais do pensei sobre ele no primeiro livro.
Kishan consegue finalmente se abrir com Kelsey sobre todo passado, Yesubai, a traição e a culpa que sente por tudo que aconteceu com a família dos dois, especialmente a morte de seu pai.
Outro ponto positivo que simplesmente amei, foi como a Kelsey amadureceu do primeiro para o segundo livro. Como vocês devem se lembrar que eu disse na resenha do Volume Um, ela era muito infantil, meio boba e imatura. Mas ela mudou muito, e não de uma forma brusca, mas gradativamente, acho que a dor da partida ao final do primeiro livro deu o pontapé inicial para esse amadurecimento.
A aventura do Segundo Presente é simplesmente de tirar o fôlego, me pegava arquejando sem ar, nos momentos tensos que esses dois (Kelsey e Kishan) passaram para conseguir o presente de Durga, e o resgatarem Ren.
Como no primeiro teve o nível certo entre romantismo e aventura que da uma apimentada especial no livro, e fica simplesmente irresistível. Dei ótimas risadas, chorei e amei toda a narrativa do começo ao fim.
… A canção começou sombria e solitária, mas depois ficou doce e cheia de esperança. Eu tinha a sensação de que meu coração batia no mesmo ritmo da música. As emoções tomaram conta de mim à medida que a canção contava sua história. O final era melancólico e triste. Tive a sensação de que meu coração se partia. E foi aí que ele parou.
Abri os olhos.
– O que foi isso? Nunca ouvi nada assim!
Ren suspirou e pousou o bandolim com cuidado na mesa.
– Eu a compus depois que você viajou.
– Você fez isso?
– Fiz. O nome é “Kelsey”. É sobre você… sobre nós. É a nossa história juntos.
– Mas o final é triste.
Ele passou a mão nos cabelos.
– Foi assim que me senti quando você partiu…”
… Senti uma gota de chuva no meu rosto e o susto me acordou, me trouxe à superfície. Ergui a mão e enxuguei a gota.
– Está chovendo? Não pensei que chovesse aqui.
Ele não respondeu. Outra gota caiu em minha testa.
– Kishan?
Olhei para ele e percebi que não eram gostas de chuva, mas lágrimas.
Seus olhos dourados estavam cheios de lágrimas.
Perplexa, levei a mão ao seu rosto.
– Kishan? Por que você está chorando?
Ele sorriu debilmente.
-Pensei que a tivesse perdido, Kells…”