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Resenha: Nosferatu – Joe Hill
Editora: Arqueiro
Autor: Joe Hill
ASIN: 9788580412970
Edição: 1
Número de páginas: 624
Acabamento: Brochura
Classificação EDS: 50 de 100 pontos
Compre: Amazon
Victoria McQueen tem um misterioso dom: por meio de uma ponte no bosque perto de sua casa, ela consegue chegar de bicicleta a qualquer lugar no mundo e encontrar coisas perdidas. Vic mantém segredo sobre essa sua estranha capacidade, pois sabe que ninguém acreditaria. Ela própria não entende muito bem. Charles Talent Manx também tem um dom especial. Seu Rolls-Royce lhe permite levar crianças para passear por vias ocultas que conduzem a um tenebroso parque de diversões: a Terra do Natal. A viagem pela autoestrada da perversa imaginação de Charlie transforma seus preciosos passageiros, deixando-os tão aterrorizantes quanto seu aparente benfeitor. E chega então o dia em que Vic sai atrás de encrenca… e acaba encontrando Charlie. Mas isso faz muito tempo e Vic, a única criança que já conseguiu escapar, agora é uma adulta que tenta desesperadamente esquecer o que passou. Porém, Charlie Manx só vai descansar quando tiver conseguido se vingar. E ele está atrás de algo muito especial para Vic. Perturbador, fascinante e repleto de reviravoltas carregadas de emoção, a obra-prima fantasmagórica e cruelmente brincalhona de Hill é uma viagem alucinante ao mundo do terror. |
Minhas impressões
Depois de mais de um ano encostado, eu terminei este livro. Comecei a ler logo após um acidente que sofri e achei que minha desistência do livro de Joe Hill, tinha sido pelo fato de estar entediado e de cama há mais de dois meses, mas não, não foi por isso e vou tentar explicar.
Logo no início do livro, você percebe que ele vai ser uma trama densa e misteriosa. Mas a disposição dos capítulos complica muito a vida do leitor e principalmente atrapalha a história. São capítulos curtos que alternam entre passado e futuro, além de histórias de personagens separados que obviamente no final se interligam, mas é um caminho muito longo até que isso aconteça. Novamente, isso atrapalha a história.
“Sentada à mesa diante de seu café, em um estado de relativa calma e imobilidade, Vic enfim conseguiu entender. Quando tudo se encaixou, teve uma sensação fria na nuca e um arrepio no couro cabeludo, indicares físicos tanto de assombro quanto de horror.”
Larguei a leitura do livro depois de 250 páginas, mas ele continuou na minha cabeça, me incomodando. Afinal pra quem tem um pouquinho de TOC, deixar algo inacabado é terrível =)
Na minha humilde opinião, 300 páginas desse livro são desnecessária. Não digo que são passíveis de serem jogadas fora, nem que são informações inúteis. Simplesmente são histórias que se não estivessem nessa edição, não fariam nenhuma falta. Algo que eu também não sentiria nenhuma falta é o sofrimento exagerado do personagem principal. A obra toda ela sofre, volta a sofrer e quando parece que ela vai conseguir uma vitória… Errado, ela volta a sofrer e isso se torna chato.
“Tudo lhe doía, mas não havia nada quebrado. Nem mesmo o ombro que ela escutara fazer ploc. Ela inspirou fundo, trêmula, e suas costelas se expandiram sem dificuldade, embora ela as tivesse ouvido se partir feito galhos em uma ventania.”
Preciso citar um lado bom também. Joe Hill para quem não sabe é filho do Stephen King e mesmo com os pontos que citei da obra, ela mostra que ele sabe escrever. A origem da trama é super simples, mas ele conseguiu fazer uma grande obra sobre isso. Falta somente acertar alguns pontos que tenho certeza que o pai dele o aconselhará.
“Aquele lugar recendia a encanamento velho, concreto, roupa suja e estupro.”
Obviamente se você pegar a contracapa vai ler opiniões da Times ou de jornais conceituadíssimos aprovando o livro. Para quem gostar de uma grande novela e não se importar de ler algumas vezes a mesma informação, realmente o livro será bom. Mas como eu prezo a objetividade de uma obra, mesmo que ela seja longa, não recomendo este livro a não ser que você tenha tempo e seja um leitor ávido. Ah sim, não é por este livro que vou deixar de ler as obras desse autor, pois como disse, ele sabe escrever. Vamos ver se na próxima obra ele encaixa a trama 😉
Até.