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Resenha: Abominação – Gary Whitta
Editora: Darkside Books
Autor: Gary Whitta
ISBN: 9788566636796
Edição: 1
Número de páginas: 320
Acabamento: Brochura
Classificação EDS: 100 de 100 pontos
Compre: Amazon
O primeiro romance de Gary Whitta, também autor do aclamado star wars: Rogue One, é uma aventura para os leitores mais valentes. Whitta transforma o gore em momentos de grande beleza. Abominação é uma mistura épica entre fantasia histórica, ficção científica e a magia da cultura nórdica. A era medieval é muito mais conhecida por seus mistérios do que por seus registros históricos. Talvez seja melhor assim. Há quem acredite que estaremos mais seguros enquanto não soubermos de toda a verdade. Mas quem disse que as lendas não podem ser mais reais do que você imagina? Abominação reconta um dos capítulos mais sangrentos da história da Inglaterra: as invasões vikings do século ix. Apresentando personagens e batalhas reais, sua narrativa vai muito além do que poderíamos encontrar nos livros de história. Com influências de Lovecraft a Game of Thrones, vem sendo recebido mundo afora como um novo clássico para fãs do gênero. O reino de Wessex foi o único da Inglaterra que escapou dos invasores nórdicos. Seu rei, Alfredo, negocia um acordo com os bárbaros do Mar do Norte, mesmo sabendo que eles não são adeptos da paz. É preciso estar preparado, a guerra pode recomeçar há qualquer momento. O arcebispo da Cantuária oferece proteção ao reino, através de feitiços descobertos por ele em velhos pergaminhos. O rei só não poderia imaginar que a magia seria ainda mais perigosa que os próprios vikings. |
Minhas impressões
Dessa vez não tecerei elogios para as capas e o trabalho magnífico da Darkside em seus livros. Vocês já devem saber disso de tanto que eu falo =)
Vi Abominação na entrada da livraria e não tive como não percebê-lo. Já conhecia o autor Gary Whitta por ter escrito a história de Star Wars: Rogue One e fiquei curioso para ler outra obra dele.
Indra observou o homem de perto quando a percepção da morte iminente começou. Ela não apreciava o sofrimento alheio, mas se permitiu a satisfação daquele momento…
Abominação revisita um período sombrio na história da Inglaterra na época do rei Alfredo. Só esse começo já me deixou ansioso para ler, pois é um dos assuntos que mais leio. Sem contar que ainda estou lendo os livros do Bernard Cornwell que também trata do mesmo período. Pois bem, na versão de Gary Whitta, essa época foi bem mais escura do que temos registrado hoje. Isso foi proposital para esconder as abominações que andaram soltas naquelas terras.
Porque a guerra é uma amante ciumenta. tem um jeito de nos chamar de volta para ela, muito depois de pensarmos que nos despedimos para sempre.
Vemos o cavaleiro Wulfric como centro dessa história e como principal enviado do Rei para acabar com as monstruosidades. Pode parecer uma história simples, onde o guerreiro luta até chegar em seu objetivo e ganhar, mas não é. Foi justamente essa jogada que me fez mais gostar do livro.
Como soldado, Wulfric vira muitos homens encararem a morte. Não daquela forma. Aquele era um olhar de terror tão direto, tão puro, que a morte vinha quase como um alívio.
O autor conseguiu criar uma trama rápida no início do livro que te prende imediatamente, mas logo após revela que a história não é só aquilo. Esse algo a mais que torna o livro tão bom. O livro só tem um ponto previsível, mas isso não é um demérito, pois esse ponto só é previsível quando o autor quis.
…talvez houvesse se saciado com o massacre de tantos outros. Mas talvez não. Por favor, que elas estejam vivas. Por favor. Esses eram os pensamentos que ainda corriam pela mente de Wulfric quando ele abriu a porta da cabana.
Enfim, vale a pena ler. Ele não é tão sangrento quanto o Prince of Thorns, mas ainda assim satisfaz os mais vorazes por livros sem “mimimi”. É uma leitura rápida e gratificante. Recomendo o autor, na verdade nem precisava depois de ter visto Rogue One =]
A certeza disso veio quase como um alívio; ela percebeu naquele momento que o medo da morte ficava apenas na ansiedade de quando e como aconteceria. Quando se mostrou certa, inevitável, tudo que restava era aceitá-la e morrer bem.
Até a próxima e me falem o que acharam do livro.