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Resenha: A Guerra da Rainha Vermelha – Liar’s Keys – Mark Lawrence
Editora: DarkSide Books
Autor: Mark Lawrence
ISBN: 9788594540485
Edição: 1
Número de páginas: 576
Acabamento: Encadernado
Classificação EDS: 100 de 100 pontos
Compre: Amazon
Mark Lawrence, um dos autores de fantasia mais consagrados dos últimos anos, expande seu universo fantástico com uma nova e instigante trilogia. A DarkSide Books tem o prazer de apresentar A Guerra da Rainha Vermelha Volume 2: Liar’s Key. Jalan Kendeth, o neto da Rainha Vermelha e décimo na linha de sucessão ao trono, é um verdadeiro hedonista sem pretensões políticas, que se viu obrigado a abandonar sua boa vida após sofrer uma tentativa de assassinato. Para escapar, precisou se aliar a um perigoso guerreiro viking em Prince of Fools, volume que deu início a esta nova série. Jalan queria apenas voltar ao vinho e às mulheres do Sul, mas Snorri tem outros planos. O viking deseja desafiar todo o Inferno se necessário for para trazer sua esposa e filhos de volta à vida. Os peões são jogados para se sacrificar e a Rainha Vermelha colocou ambos os homens em seu conselho. Quantos avanços tem visto a Irmã Silenciosa? Até onde eles chegarão antes que sua parte no jogo acabe? |
Minhas impressões
Um ano mais ou menos aguardando essa sequência e valeu à pena (não que isso seja incentivo para o autor demorar mais um ano para o próximo =p). Como descrito no início do livro, o autor não usou do artifício que muitos outros autores usam, de ficar enfiando a recapitulação do livro anterior nas falas dos personagens. Ele faz um resumo logo nas primeiras páginas situando os mais esquecidos em que pé a história parou.
Continuamos a história com Jalan na hospedaria, após ele conseguirem se livrar do gelo mortal. Jalan, como ficou claro no último livro, só queria se livrar da maldição da irmã silenciosa e ir para casa, mas por causa de suas “aventuras” com mulheres proibidas ele se viu preso novamente ao nórdico e seu objetivo.
De todos os deuses pagãos deles, Loki era claramente o mais inteligente, capaz de planos e táticas que poderiam ajudar Asgard em suas guerras contra os gigantes. E mesmo assim eles o desprezavam… Nas histórias antigas, às quais todos os vikings aspiravam, a força era a única virtude e o ferro a única moeda que importava. Loki e sua astúcia, com a qual um homem mais fraco podia vencer um mais forte, era um anátema para aquelas pessoas.
Então Snorri, Jalan e Tutuggu iniciam sua jornada para o sul, afim de descobrir onde as portas da morte estariam. Claro que o caminho não foi nada fácil, afinal não teríamos um livro falando da natureza e da viagem rs. Atrás deles e da chave está o Rei Morto e sua corja.
A morte de uma pequena esperança dói mais do que uam eternidade de desespero. Aquele medo constante aumentou novamente na boca do meu estômago e lágrimas arderam em meus olhos.
Nesse meio tempo, o grupo é apresentado para uma nova völva que oferece à Jalan um feitiço para que ele se lembre efetivamente de seu passado e não das mentiras que ele mesmo conta pra si. O problema é que esse feitiço não traria somente as lembranças do seu próprio passado.
Há uma lição aí, em algum lugar. A estrada se esquece. Faça de sua vida uma viagem, continue se movimentando na direção daquilo que você quer, deixe para trás tudo que seja pesado demais para carregar.
Já contei bastante coisa do livro rs. Comentando sobre o livro em si. Achei genial a ideia de apresentar o passado do livro. Assim como na Trilogia dos Espinhos, A Guerra da Rainha Vermelha deixou muitas dúvidas e lacunas de como o mundo chegou nesse estado e essa curiosidade me mata. Pelo menos nesse segundo volume temos algumas ideias do que aconteceu.
…”É Rei Jorg que reina nas Terras Altas agora. Ele nos ofereceu santuário.” “Trolls precisam de santuário? Eu… Espere… Jorg? Não vá me dizer que é aquele menino Ancrath?”
Jalan continua sendo o ponto central da história e continua sendo irresistivelmente o anti herói perfeito. Em certos momentos você até se imagina agarrando ele pela gola, dando uns três tapas e falando pra ele ter coragem. Porém é justamente essa falta de coragem que faz ele ser o personagem que é e principalmente conseguir resolver algumas situações. No final das contas acho que ele vai se mostrar mais corajoso do que imaginamos.
Fico apenas um pouco envergonhado de dizer que fui mais rápida que o garoto; velhos hábitos são difíceis de largar. É bom ser mais rápido do que o que está perseguindo você, mas na verdade o que é importante é ser mais rápido do que a pessoa mais lenta sendo perseguida. Regra número um: fique à frente do outro homem. Ou criança.
Enfim, a sequência continua sendo envolvente e desesperadora, pois você quer saber o que vai acontecer e o motivo de tudo aquilo. Certeza que você vai sentir um ódio de alguns personagens e vibrar com algumas coisas que não falarei. Já ficou evidente que não consigo ser imparcial com as resenha do Mark Lawrence, mas ele realmente é muito bom. Recomendo muito a leitura e esperamos que o terceiro venha rápido. Por último e não menos importante, agradeço imensamente a DarkSide pelo carinho e cuidado de ter me enviado uma cópia. Não sabem como sou grato a quem me dá livro de presente =]
Até a próxima
Créditos da imagem de fundo da capa: Jonathan Körner