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Ele: Quando Ryan conheceu James – Elle Kennedy & Sarina Bowen
Editora: Paralela
Autor: Elle Kennedy & Sarina Bowen
ASIN: B07D3XDK7V
Edição: 1
Número de páginas: 316
Acabamento: Ebook
Classificação EDS: 100 de 100 pontos
Compre: Amazon
No livro: Ele: Quando Ryan conheceu James, James Canning nunca descobriu como perdeu seu melhor e mais próximo amigo. Quatro anos atrás, seu tatuado, destemido e impulsivo companheiro desde a infância simplesmente cortou contato. O que aconteceu na última noite daquele acampamento de verão, quando tinham apenas 18 anos, não muda uma verdade simples: Jamie sente saudade de Wes. O maior arrependimento de Ryan Wesley é ter convencido seu amigo extremamente hétero a participar de uma aposta que testou os limites da amizade deles. |
Minhas Impressões
Dizem para não julgar o livro pela capa, mas confesso que a capas geralmente me convencem a ler um livro ou não. Não foi diferente com este. Não lembro exatamente onde eu vi a indicação deste livro, provavelmente a própria Amazon sugeriu. Como gosto bastante da foto preto e branco, a capa me chamou atenção imediatamente. A imagem dela vai estar aqui na lateral como miniatura fixa, vocês vão poder ver do que eu estou falando.
Não cheguei nem a ler a descrição do livro antes de comprar, mas pelo nome e pela capa já dá para ter uma noção do conteúdo dessa obra.
Cara. Eu era como a serpente oferecendo a maçã para Eva. Ou, no caso, a banana.
Você que acompanha o blog há algum tempo (por sinal esse ano vamos completar 10 anos!), sabe que o que importa é se o conteúdo do livro é bom ou não. Simples assim. Acredito que nesses dez anos de resenha, o único livro que não terminei de ler foi o “Inferno de Gabriel”. Inferno de Gabriel é basicamente uma imitação descarada do 50 Tons de Cinza e eu não consegui terminar, mas estou entrando em devaneios.
Voltando a falar do livro. A História conta de dois amigos que se conheceram em um acampamento de hóquei. Dois pontos aqui é que, Hóquei é aquele jogo mais característico de países frios como Canadá, que a galera joga num rinque de gelo. O outro ponto é que acampamento de verão é algo muito específico dos Estados Unidos, a gente não tem muito esse costume de acampamento.
Qualquer coisa que eu conseguir é melhor que nada— uma conversa, um presente de brincadeira, um sorriso, o que for. Posso não conseguir o prato principal, mas, porra, estou mais que satisfeito com as sobras. Eu só… só não estou pronto para perdê- lo de vez.
Ryan e James se conheceram nesse acampamento e a paixão pelo hóquei acabou tornando os dois melhores amigos. O livro começa contando a história dos dois separados e os motivos vão ficar claros durante a trama. Obviamente, não vou contar de cara que o que aconteceu, porque senão ficaria óbvio.
De toda forma, o que posso comentar sobre o livro em si é que ele tem uma pegada de comédia romântica, sem muitos clichês, o que deixa do assunto tratado um pouco mais leve, principalmente para quem não tem muito costume de ler livros desse tipo erótico, ou com a temática LGBTQIA+. Já na descrição da Amazon, que li depois, ou de qualquer meio que você vai comprar o livro, ele é descrito como romance erótico gay.
“Entendi.” Ele assente, então inclina a cabeça. “E quem faz você se sentir assim? Quer dizer, qual é o seu tipo, falando de aparência?” Você. “Ah, não sou exigente.”
Eu posso comparar, injusto de certa forma, mas posso comparar um pouco com 50 Tons de Cinza, que acabou alavancando o tema de livros eróticos/bdsm. Por mais que existam diversos livros, há muito tempo sobre esse meio erótico, 50 Tons de Cinza foi o livro que tornou o assunto super conhecido. Todavia, existe bastante diferença entre as obras.
Uma dessas diferenças é que o livro da Elle Kennedy e Sarina Bowen traz pouco mais de romance para história, um pouco mais de contexto para os personagens, de como eles chegaram ali. Foi engraçado, principalmente para uma pessoa do meu perfil, que é um pouco mais fria, ficar tão envolvido com o romance e as idas e vindas.
O mundo faria mais sentido para mim se os prédios estivessem sendo arrastados para o lago e as lojas estivessem pegando fogo. Mas a única coisa instável sou eu.
Você acaba ficando preso ao livro, querendo saber o que vai acontecer depois. Sempre ficamos nessa de esperar um final feliz para esse tipo de história, por mais bruto que sejamos. O comportamento deles e a relação entre eles, onde antes de tudo, eles são amigos, torna a trama leve. Aquela velha provocação entre amigos, sempre arranjando um motivo para tirar com a cara do outro (não sei um termo “não cringe” pra isso).
Na primeira versão dessa resenha, escrevi muito sobre não importar que se trata de um romance gay. Entendo que não deveria importar de fato, mas é bom sempre tocar nesse assunto. O que deveria importar é o respeito pelo próximo, o amor ao próximo. Isso que tem que entrar na cabeça de uma galera tonta que vemos por aí.
Desejo é uma questão de química. E numa aula de bioquímica eu aprendi que somos todos átomos carregados de eletricidade, indo de encontro uns aos outros. Meus elétrons se acenderam por ele esta noite. Partículas colidiram.
É triste ver em alguns momentos do livro, essa luta dos personagens, pensando em coisas que não deveriam se preocupar, se privando de um amor, por receio de alguma represália e isso é triste. Todo mundo deveria ter direito a amar o que se ama, na intensidade que quiser… Não vou caminhar muito sobre esse assunto, pois o que posso fazer é opinar. Dar experiência de vida é só com quem já passou por isso. Tem ótimos autores por aí, como o próprio Eric Novello que tem me ensinado bastante.
Pois bem falando do romance em si. Comentei um pouco mais acima da leveza apresentada pelas autoras, onde você acaba lendo e participando do romance. Tem momentos que você fica com raiva de um personagem ou de outro. Você fica naquela clássica cena de comédia romântica, de não acreditar que determinado personagem saiu do quarto e não falou o que deveria, que bastava ele dizer algo, e as coisas seriam diferentes. Depois de algum tempo parecia que os dois personagens eram amigos meus e eu estava torcendo pro eles.
Sorrio no escuro. Eu o seguro tão perto quanto possível. Mesmo que minha vida inteira vire uma merda depois do café da manhã, sempre vou ter esta noite.
Há muito elemento cômico nos diálogo entre os personagens. Eu acredito que foi aplicado pelas autoras propositalmente para mostrar a naturalidade da vida dos personagens. Mesmo as cenas de sexo, contém alguns pontos mais engraçados, que difere um pouco da pegada BDSM de 50 tons de cinza, é colocado mais como um dia a dia de um casal.
As cenas de sexo pra mim não pareceram exageradas ou como uma muleta pro livro, elas fizeram parte da construção da trama, da construção até mesmo dos personagens. Isso foi muito bem feito pelas autoras. Eu não teria colocado de outra forma, ou mesmo diminuído a quantidade. Usando como exemplo o péssimo livro Inferno de Gabriel, as cenas pareciam exageradas demais, idealizadas demais…
Enfim. Recomendo a leitura desse livro, descobri que tem uma continuação. Recomendo principalmente por ser um ótimo livro. O fato de ter a temática gay não importa. Uma coincidência que essa resenha foi ao ar pouco tempo depois do dia do orgulho LGBTQIA+. Creio que até por isso a recomendação da Amazon.
“Porque sempre termina.” Ele suspira, desanimado. “Dura o que, dois, três meses? E então vai embora e voltamos a tremer debaixo dos casacos. O verão tira uma com a nossa cara.” Ele dá de ombros e repete: “Sempre termina”. Vin tem razão. O verão sempre termina.
Recomendo efusivamente o livro. Eu estavanuma ressaca literária de quase um ano. Lendo somente Stephen King da vida ou Anne Rice que era o que me salvava. Li esse livro em menos de 4 dias. São 300 páginas, o que não é nada demais, mas para quem estava de ressaca literária. Dá para mostrar como a Trama é envolvente.
Leu esse livro ou tem algum comentário ou recomendação? Já leu a continuação? Se sim, deixa um comentário aí sem me dar spoiler =)
Ate a próxima.
Photo by Christian Wiediger on Unsplash